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          CHARQUE, CARNE DE SOL, CARNE SECA 
          Por  Licínia de Campos 
  Integrante do Comitê Técnico do SIC  
                No país,  carnes salgadas típicas podem ser resumidas em carne-de-sol, charque e seus  sucedâneos. 
                 A carne-de-sol é um produto  tradicionalmente consumido pela população nordestina, sendo considerado um  alimento de grande teor calórico-protéico (Nóbrega e Schneider, 1983). 
                 Recentemente, um novo produto  salgado surgiu no mercado consumidor. É o jerked beef, cujo processamento se  assemelha ao do charque, porém adicionado de nitrito e sempre comercializado  embalado a vácuo, e por essa razão ambos serão coletivamente denominados  charques, representando um consumo aproximado de 2,0 / 2,5Kg "per  capita" (Shimokomaki et al., 1987).  
                 Tradicionalmente,  têm-se utilizado carnes da parte dianteira e ponta-de-agulha do animal para  processamento dos charques enquanto que, via de regra, peças de traseiro são  empregadas na confecção da carne-de-sol. 
                 Os  resultados de atividade de água encontrados por Lira (1998) na carne-de-sol  (0,92), evidenciam que trata-se de um produto cárneo levemente salgado,  parcialmente desidratado e apenas semi-preservado pela salga. A carne-de-sol,  ao contrário dos charques, cuja atividade de água está em torno de 0,75  (Shimokomaki et al., 1998), não se enquadra no conceito de Hurdle Technology,  uma vez que não se trata de um produto cárneo de umidade intermediária, estável  a temperatura ambiente pela ação de um ou mais obstáculos adicionais. 
          FONTE:  SIC e Revista Higiene Alimentar 
                           
            Carne  Seca, Carne de Sol e Charque. Qual a Diferença? 
                 A  diferença reside basicamente na técnica de preparo. Todas são feitas com carne  bovina, sendo que a carne de sol, depois de cortada, é ligeiramente salgada e  deixada em locais cobertos e bem ventilados. Como exige um clima muito seco, o  preparo da carne de sol só é possível nas regiões semi-áridas do Nordeste. A  secagem é rápida, formando uma espécie de casca protetora que conserva a parte  de dentro da carne úmida e macia. Dos três tipos de carne desidratada, é a que  cozinha com maior rapidez. 
                 Já a  carne seca, também conhecida como carne-de-vento, carne-do-sertão,  carne-do-Ceará, carne-do-Sul, ou jabá (do tupi yaba ou jabau, que significa  fugir, esconder-se), é esfregada com mais sal e empilhada em lugares secos. As  "mantas" de carne são constantemente mudadas de posição, para  facilitar a evaporação. Em seguida elas são estendidas em varais, ao sol, até  completar a desidratação.      O  charque, típico da região Sul do Brasil (o nome vem do dialeto quíchua xarqui,  língua dos índios que habitavam a região dos Andes), é preparado de modo  similar ao da carne seca. O diferencial está na maior quantidade de sal e de  exposição ao sol ao qual o charque é submetido, o que lhe garante uma maior durabilidade. 
          FONTE:  Sadia  | 
         
          
            
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                  Você  sabia que o charque faz parte da história do Brasil? 
                         O  charque tem um papel muito importante na história e economia brasileiras,  viabilizando a expansão da criação de gado e a fixação de habitantes em zonas  rurais. Não é difícil imaginar que há até algumas décadas atrás não havia  eletricidade em grande parte do país, particularmente nas zonas rurais,  tornando o charque uma deliciosa opção de preservação de carne para quem não  dispunha de geladeira. Além do que as famosas 'charqueadas' do sul  do Brasil no século 18 trouxeram desenvolvimento e riqueza para a região sul do  estado do Rio Grande do Sul. 
                           Hoje o  charque ainda é bastante consumido, por ser uma carne muito saborosa e com  excelentes aplicações culinárias. O charque permanece uma ótima opção para os  consumidores que vivem em locais de difícil acesso ou com condições de  transporte e refrigeração mais precárias, além de ser um bom produto de  exportação para o Brasil.  
                    Fonte: 
                      SIC – Serviço de Informação da Carne- 21/01/2006  | 
                 
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